SOCIEDADE MILITAR
A Maioria possui por volta de 30 anos e
escolaridade de nível superior e médio. Mas é comum encontrar gente mais madura
em meio às discussões. A formação é muito diversificada, são astrônomos,
administradores, contabilistas, historiadores, técnicos de informática,
advogados etc. Não se pode dizer que são desinformados, e muito menos que não
são politizados. O que eles tem em comum? A desilusão com o governo realizado
pelos partidos de esquerda do Brasil e a certeza de que a solução para o
"caos nacional" é uma Intervenção Militar. Para eles o Brasil precisa
de um tipo de “reset”, um começar de novo implementado por um governo militar
provisório que colocaria ordem na casa e em pouco tempo devolveria a
administração para as mãos dos civis, de forma mais organizada, sem a urna
eletrônica, com menor número de deputados, e expurgado de todas as leis e
regras que endossem a existência de categorias privilegiadas com poderes quase
ilimitados.
Eles parecem acreditar que o
grupo que controla o Brasil atualmente é como uma espécie de câncer, que
precisa ser extirpado, com todas as suas ramificações, e jogado no lixo, para
que o organismo limpo, renovado, possa funcionar perfeitamente. O sistema
democratico em curso seria incapaz de fazer isso, pois o povo estaria
"corrompido" pelo assistencialismo governamental, que
estrategicamente liga a alimentação e benefícios doados à milhões de brasileros
ao partido da Presidente da República.
Essas pessoas, se organizando por
meio da internet, fizeram crescer de forma assustadora o número de comunidades
e fanpages que defendem a ação militar para a deposição do atual governo. As
páginas somam centenas de milhares de acessos, compartilhamentos e curtidas todos
os dias. Se isso não é um claro sinal de que há algo de errado com o governo
atual o que mais será preciso? São milhares de pessoas participando dessas
comunidades, a maioria delas com alto grau de esclarecimento e disposição para
participação política.
Qualquer analista político
pode perceber facilmente que se essas comunidades conseguirem se unir em um só
bloco e transformar em ação todo esse sentimento expressado pelas redes
sociais, o governo atual vai ter muito trabalho para permanecer no poder.
É
justamente isso que uma das páginas, chamada INTERVENÇÃOMILITAR2014, pretende fazer, eles planejam concentrar todas as comunidades e
democraticamente organizar as ações no sentido de tornar mais real aquilo que
na maioria das vezes não sai das páginas da grande rede.
Os organizadores Maria A. e
Carlos C. não estão de brincadeira, eles realmente pretendem, nas suas
palavras: “juntar essas pessoas num único grupo, a fim de se organizarem e pôr
em prática de uma vez por todas a vontade do povo, que é a volta do Regime
Militar e Impeachment da presidente Dilma ainda antes da Copa do Mundo, Prisão
para todos os mensaleiros e políticos corruptos, com punição exemplar por
traição ao Povo e à Pátria; Não à Ditadura Comunista; Não ao Desperdício
irresponsável do dinheiro do povo; Investigação do investimento de bilhões
feito pelos últimos governos em países em crise política (comunistas e
socialistas), Intervenção pela Ordem e Progresso do Brasil”.
Eles fazem questão de lembrar que o grupo foi criado por civis comuns,
cansados de ver a devastação do Brasil sob todos os aspectos; educação, saúde,
segurança precária e falta de emprego Com a ajuda de amigos que se conheceram
pela internet com os mesmos objetivos, em 3 dias, o grupo já possuía milhares
de associados e continua crescendo rapidamente. O efeito viral de suas
mensagens pode alcançar dezenas de milhares de visualizações por dia, já que
normalmente cada pessoa possui mais de uma centena de amigos nas redes sociais.
O grupo tem levado a sério sua
proposta e até já traçou uma estratégia, na página estão catalogadas as regiões
militares das 10 maiores cidades de todos os estados brasileiros. A intenção, é
que a partir de 04 de março de 2014 (Carnaval), as pessoas se reúnam nesses
locais e levem faixas, se vistam de verde e amarelo e peçam a ajuda
constitucional que o povo brasileiro precisa urgentemente.
Ainda que diversos oficiais
da reserva declarem que qualquer intervenção seja algo impossível de ocorrer,
as comunidades citam como exemplo os movimentos ocorridos recentemente no
Oriente Médio, especialmente no Egito.
Os
movimentos "intervencionistas" parecem lutar contra a opinião dos
próprios militares, que recomendam cautela. Em setembro passado o
general Valmir Fonseca Azevedo Pereira, um dos militares mais citados na atualidade, sem negar que acredita que
o governo atual empurra o país para o caos, divulgou
um texto que deixa claro que é praticamente impossível que os militares
brasileiros intervenham novamente. Ele disse: “... Hoje,
é difícil saber quantos militares seriam capazes de participar de uma
contrarrevolução para salvar o Brasil do comunismo ou da camarilha que nos leva
para o abismo moral e econômico. Provavelmente, apenas uma minoria... Pelas
armas, pela imposição tudo deve ser evitado, e os chefes militares esperam o
amadurecimento da população, que esclarecida, possa por meio do voto
consciente, sem trocas de benesses, escolher os seus verdadeiros líderes políticos.Cabe
aos militares colaborarem na transição, na esperança de que na consciência dos
cidadãos, ressurja a certeza do que é bom para a Nação é que eles cumpram a sua
obrigação de patriotas, com cidadania.” (Texto completo
AQUI)
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